Vasco Gargalo na EB Taipas | ||||||||||||||||||||
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2015/11/05 | 1555 leram | ![]() ![]() | |||||||||||||||||||
Vasco Gargalo, ilustrador, cartoonista e caricaturista, esteve novamente na Escola Básica das Taipas, nos dias 27 e 28 de outubro, para um encontro com as turmas do 5ºano. | ||||||||||||||||||||
![]() Para trabalhar tem sempre de começar pelo desenho à mão. Foi convidado para ilustrar o livro “Martim, o menino assim” da coleção “Não somos todos iguais” da Associação Pais em Rede (Editora 0 a 8), que fala de um menino autista. Também ilustrou capas de CD e faz/ fez publicação online. O gosto pelo desenho vem desde pequeno e os professores incentivavam-no e gostavam do que viam. Foi influenciado na área do cartoon e da caricatura por duas grandes figuras que admira: Rafael Bordalo Pinheiro (precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor) e Stuart Carvalhais (introdutor da BD em Portugal, desenhador, ilustrador, fotógrafo, realizador de cinema, ator, decorador, cenógrafo, figurinista e designer gráfico). Fez cartoons para o Público, o Diário de Notícias e outros jornais. Também existe muita caricatura no cartoon, mas o que a preocupa é a transmissão da imagem que tem de ser mordaz. “Mais vale uma imagem do que mil palavras”, por isso o cartoon que faz é basicamente em imagem. Não utiliza um texto, apenas um título e símbolos, pois, na sua opinião, o humor no cartoon tem mais força sem diálogo. Por vezes a ideia é desenvolvida ao longo do processo. Por exemplo, num cartoon em que os políticos da Europa seriam ovelhas e a Angela Merkel pastora, depois transformou-a em tosquiadora, quando já estava a fazer as ovelhas. O cartoon não deve ser levado demasiado a sério. Só uma vez retratou Maomé e, quando houve os atentados ao Charles Hebdo, disseram que um jovem cartoonista português já o havia retratado e, nessa altura, teve um certo receio. Aliás, nunca a profissão de cartoonista foi tão badalada como depois dos atentados. Tornou-se uma profissão mediática. Sem dúvida que os cartoonistas “fazem riscos e correm riscos”, mas a liberdade de expressão também tem de ter limites, embora o cartoon exija mordacidade e ferir suscetibilidades, só que com conta, peso e medida. Os alunos gostaram muito da sessão. Para terminar, Vasco Gargalo lançou o repto de fazer uma Workshop para alunos interessados no tema escolhidos pelos professores entre aqueles que têm apetência para as artes. | ||||||||||||||||||||
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