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“A Poesia (não) vai à escola”
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2016/10/281936 leram | 0 comentários | 876 gostam
João Manuel Ribeiro encerrou, a 28 de outubro de 2016, o Mês das Bibliotecas Escolares, no Agrupamento de Escolas das Taipas, com uma ação de formação subordinada ao tema “A Poesia (não) vai à escola”.
Foram três horas que juntaram os quinze professores inscritos na ação (que foi creditada pelo Centro de Formação Francisco de Holanda) numa sessão enriquecedora em que os professores se juntaram ao escritor, professor, editor, poeta, investigador para procuraram respostas para várias questões: O que é poesia? É possível ensinar poesia? Porquê ensinar (a ler) poesia? Critérios para ensinar (a ler) poesia?
Do muito que foi sendo dito e discutido, ficou a noção de poesia como legado civilizacional a ser preservado para a construção da identidade cultural, a necessidade de se formar homens livres e cidadãos capazes de um juízo autónomo; o entendimento da língua em que se pensa e fala como jogo, espaço de exploração, de liberdade, lugar de fantasia e fruição que implica as quatro operações em que a praticamos (falar e ouvir, ler e escrever); a educação da sensibilidade e do gosto e a convocação à compreensão, à imaginação e à criatividade.
Por tudo isto, a poesia tem de ser trabalhada na escola em idades prematuras, com etapas diferenciadas, em conformidade com as fases do desenvolvimento e com procedimentos a elas adaptados. Deve ser um processo regular e continuado, provocado, abundante, variado, desenvolvendo uma dinâmica de audição e de leitura e valorizando a pedagogia do imaginário.
É fundamental que se inicie o processo pela leitura- ler para os alunos, ler expressivamente, ler bem, ler o corpo do poema, ler com critérios, ou seja, não ler qualquer poema, seguindo-se a análise e interpretação com especificação de algumas estratégias fundamentais e, por fim, a (re)escrita.
 O poema “Barca Bela” de Almeida Garrett foi um exercício prático muito esclarecedor.
Os professores saíram mais ricos e com vontade de “ler poesia, porque todas aquelas palavras aguardam uma voz para tomarem forma e figura” (Eugénio de Andrade).

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