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Auto da Barca de Gil Vicente
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2016/03/09942 leram | 0 comentários | 161 gostam
A 8 de março, o 9ºano foi ao Porto, ao Teatro Sá da Bandeira, ver o Auto da Barca do Inferno.
Esta foi a melhor forma de cimentar conhecimentos sobre o auto dado durante este 2º período.
Os alunos adoraram ver a representação, especialmente os atores que interpretaram o diabo e o parvo, bem como a capacidade multifacetada dos mesmos para interpretarem os diversos papéis da peça.
O Auto da Barca do Inferno é uma complexa alegoria dramática de Gil Vicente, representada pela primeira vez em 1517.
As personagens desta obra são divididas em dois grupos: as personagens alegóricas e as personagens – tipo. No primeiro grupo inserem-se o Anjo e o Diabo, representando respectivamente o Bem e o Mal, o Céu e o Inferno. Ao longo de toda a obra estas personagens são como que os «juízes» do julgamento das almas, tendo em conta os seus pecados e vida terrena. No segundo grupo inserem-se todas as restantes personagens do Auto, nomeadamente o Fidalgo (D. Anrique), o Onzeneiro, o Sapateiro (Joanantão), o Parvo (Joane), o Frade (Frei Babriel), a Alcoviteira (Brísida Vaz), o Judeu (Semifará), o Corregedor e o Procurador, o Enforcado e os Quatro Cavaleiros. Todos mantêm as suas características terrestres, o que as individualiza visual e linguisticamente, sendo quase sempre estas características sinal de corrupção.
Fazendo uma análise das personagens, cada uma representa uma classe social, ou uma determinada profissão ou mesmo uma crença. À medida que estas personagens vão surgindo vemos que todas trazem elementos simbólicos, que representam os seus pecados na vida terrena e demonstram que não têm qualquer arrependimento pelos mesmos.

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