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Visita à Fábrica de Cutelarias HERDMAR
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2012/04/271296 leram | 0 comentários | 231 gostam
A 23 de abril, a Oficina de Jornalismo (grupo do 7ºH) deslocou-se à Herdmar, a fábrica de cutelarias centenária que, desde 1911 (ano da fundação), segue na linha da frente desta indústria,...
...como demonstra a exportação de 90% da sua produção para todo o mundo.Nesta visita, inserida no Projeto Cutelarias e Cutileiros, os pequenos jornalistas recolheram a história de vida dos seus administradores (a 3ª geração) e foram ver as instalações e a manufatura dos talheres, tendo começado pela sala de mostruário.
Os alunos foram muito bem acolhidos por dois dos administradores, a Maria José e o Mário, que falaram da sua vida e do amor à fábrica. A Maria José, a mais velha, que queria ser professora de educação física, foi desde cedo encaminhada para a aprendizagem de línguas e secretariado, fruto da necessidade da empresa na altura que se virava para o estrangeiro, para a exportação. Já o Mário não quis estudar e hoje lamenta não ter tirado engenharia mecânica, o que teria sido uma mais-valia. E aconselhou os jovens a estudarem, pois a preparação académica faz muita falta.
José Marques, o pai, foi um homem de visão ao colocar quatro dos seus filhos à frente de cada uma das áreas da fábrica: a Maria José nas exportações (e presidente do Conselho de Administração), o Mário na produção, o Abel na logística e o José Avelino na parte financeira.
Até 1963, ano em que a 2ª geração assumiu o comando da fábrica com a marca registada Herdmar, a fábrica utilizava a marca 11, ano da fundação.
A trabalhar nas novas instalações desde 2000, a Herdmar chega ao público através de uma rede de armazenistas e distribuidores. São 100 mil peças produzidas diariamente na Herdmar, podendo ir até às 150 mil, contando com o contributo dos 110 trabalhadores.
Completamente virada para o mercado externo, frequentando importantes feiras internacionais, a Herdmar continua a apostar na inovação visível nos faqueiros de diversas cores (preto, chocolate, violeta, azul - uma fórmula apenas utilizada nas bicicletas), a utilização de cristais Swarovski (que utiliza uma cola que demorou seis meses a encontrar- nas autópsias). Um bom conversador e relações públicas, Mário Marques deu algumas informações interessantes aos alunos que o ouviam encantados ao dizer que “Onde vai, em tudo vê talheres”. Por exemplo, o faqueiro Santamarta surgiu de uma visita à capela de Santa Marta onde casou a filha, precisamente nos trabalhados que aí existem. Já o talher Namish teve como base os bordados do Minho. Estes talheres fazem, atualmente, furor no mercado, pois são cunhados na parte de dentro e de fora.
Ao percorrerem a fábrica, os alunos puderam ver como a vida de cutileiro, apesar de todas as condições atuais, ainda é dura. E viram o processamento dos talheres desde o aço, passando pelo corte, pela cunhagem, pela polidura, pela embalagem…
Preocupados com a preservação ambiental, os alunos viram ainda a Etar da fábrica, onde se recuperam as águas e se armazenam as lamas que vão depois para o aterro sanitário e viram o sistema de aspiração das partículas que andam no ar e que salvaguardam a saúde das pessoas que trabalham na empresa bem como o ambiente que as rodeia.
Uma empresa muito válida e reconhecida local e internacionalmente como demonstram a Medalha de Ouro de Mérito Industrial da Câmara Municipal de Guimarães e a distinção como “Empresa de Sucesso” pelas Câmaras do Comércio e Indústria de Israel e de Portugal. Em 2009, foi eleita uma das duas mil melhores empresas produtoras em Portugal.




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