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Resolvemos amanhã
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2012/02/28685 leram | 0 comentários | 263 gostam
Em jeito de crónica, o grupo da oficina de jornalismo do 8ºH escreveu sobre a crise e alguns constrangimentos.
De quem é a culpa de estarmos em crise? É do povo, claro, das pessoas que ganham uma ninharia e nem dinheiro para investir têm. Mas, também é verdade que se gasta muita guita em coisas supérfluas. Veja-se o Shopping sempre cheio e o MacDonald’s. Depois, é claro que estamos em crise. Porque é que esta gentinha, que não tem onde cair morta, não fica em casa a tricotar, a costurar, a cozinhar as refeições em vez de ir gastar o que não tem para o Shopping?
Porém, de todas as pessoas que estão em crise, os políticos são os que sofrem mais. É vê-los nas redes sociais durante as sessões no parlamento, a jogar golfe aos fins de semana … a procurarem arranjar um “trabalhinho” para os filhos, os sobrinhos, netos, afilhados, conhecidos… porque a crise afeta todos, menos os jovens felizardos que têm um parente ou conhecido na política. Engraçado, nessa camada o desemprego dos jovens não se faz sentir!
Coitados dos políticos que não param um momento e não têm mãos a medir com tanta alteração à legislação. É que o que está torto ninguém endireita, por isso, há que entortar o que está direito. Isso é que é coesão e coerência!
E o primeiro-ministro? Sempre de mão estendida à caridade alheia, viaja por todo o lado à procura de melhores condições de vida. Só pode! Sim, porque a melhor solução é emigrar. Não foi isso que aconselhou? Faz tudo sentido. Portugal gasta fortunas a “educar” pessoas que depois vão produzir e criar riqueza para os outros. Colher o que plantou não é para nós. Tivemos uma mudança significativa. Dantes exportávamos mão-de-obra barata e desqualificada para a produção em massa e para os trabalhos que os outros não queriam; hoje, exportamos mão-de-obra qualificada. Só mesmo os portugueses!
Coitados dos políticos, obrigados a tomarem medidas que os repugnam! Em vez de entrarem nos bens e regalias dos mais ricos, entram no bolso dos mais pobres…
No entanto, quem nos deixa mais tristes, no momento, é o pobre Aníbal, que não tem onde cair morto. Coitado do Presidente da República! Até as palavras estão pela hora da morte! São tão caras que nem se conseguem arranjar para se utilizarem corretamente em bom português.
Sim, porque até o acordo ortográfico nos obriga a poupar. Afinal estamos em período de contenção. Já comemos c e p à fartazana e gastamos mais papel porque não nos entendemos com a nova ortografia. Um contrassenso!
Mas não sejamos piegas. Há quem sofra muito mais, se bem que não consigamos entender como é que, na Grécia, em plena bancarrota, o ordenado mínimo seja de 750 €… e o nosso… bem, é melhor não falar nisso…
Que volta dar à situação? Emigrar ou aguentar. Já agora viajemos de preferência para o país irmão, que nos invade com as telenovelas e a língua, onde os 180 milhões de falantes do português do brasil tiveram um peso esmagador na elaboração do acordo.
E a crise? Deixem-se de politiquices, senhores ministros e senhores deputados, analisem a realidade, unam esforços e ouçam o povo, ou então, façam o que é costume: deixem para amanhã o que não querem fazer hoje porque estão cansados, porque têm de se lamentar, porque têm outros compromissos…
                                                                   PJ grupo 8ºH

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