Oficina de Jornalismo visita Mus. Imprensa e RTP | ||||||||||||||||||||
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2012/07/02 | 1134 leram | ![]() ![]() | |||||||||||||||||||
Sob os auspícios de um calor anunciado, os alunos da Oficina de Jornalismo viajaram até Lisboa nas pisadas de Gutenberg, de Marcony e de Zworykin, nos dias 26 e 27 de junho. | ||||||||||||||||||||
![]() O espírito jornalístico dos alunos que não paravam de fazer perguntas, encantou a guia que lhes fez um grande elogio. Os alunos ainda deram um saltinho às exposições patentes no museu, nomeadamente: “Porto Cartoon: O Riso do Mundo” e “XIII PortoCartoon: Comunicação e Tecnologia”. Depois de um piquenique, o segundo passo levou-os, pelas 14.30h, ao Lugar dos Afectos, em Aveiro, construído para dar continuidade aos jogos e livros editados pela médica Graça Gonçalves. Das casas aos Jardins Temáticos, este lugar é um espaço onde se pretende que cada um consiga chegar ao seu coração e ao coração dos outros. E desse percurso pelos afetos saíram com algumas ideias: ser solidário, ser verdadeiro, partilhar e dar muitas prendinhas (abraços, beijinhos, carinhos), vivendo as estações da ternura de todas as idades e sabendo que é essencial gostarem de si próprios e conhecerem-se a si próprios para poderem gostar dos outros. No Sítio do Gostarzinho, ligado ao Jogo dos Afectos Gostar, viram a armadilha das mentiras (as desculpas), o vulcão das explosões (das respostas que não se deveriam dar) e outras estações perigosas onde é perigoso cair. Na Guarida da Esperança, por exemplo, encontraram o Acendedor de Estrelas (simbolicamente nas janelas estava o nome de cada um ou a letra inicial) que os ajudará a descobrirem o tesouro- a estrela- que cada um tem dentro de si e a forma de a manterem bem viva para se iluminar a si e aos outros. E concluíram que é muito importante conhecerem-se para poderem desenvolver a autoestima, o autoconhecimento, tomar as decisões acertadas, ver a importância do grupo, da amizade, da comunicação, da família, saber resolver conflitos, preparar as escolhas determinantes e prevenir comportamentos de risco. Mas, a Rede dos Afectos não pode parar na Casa dos Afectos. Ela tem de continuar a ser tecida ao longo da vida. Depois de jantarem no Instituto Superior Técnico de Lisboa e de terem efetuado uma visita panorâmica à capital, com paragem obrigatória no Mosteiro dos Jerónimos para degustarem um pastelinho de Belém, a chegada a Alcochete, pelas 22.00h, foi bem acolhida para um descanso merecido. O dia tinha sido cansativo e excessivamente quente, com temperaturas bastante acima dos 30º. A 27, o terceiro passo levou-os à RTP e ao seu museu, o melhor da Europa, onde Carlos Mourisca os levou numa viagem maravilhosa pelos primeiros aparelhos receptores de rádio e da televisão. O que mais lhes chamou a atenção? O Pequeno estúdio em que eram transmitidos os programas da rádio, entre os quais as rádionovelas, os folhetins, lidos em direto e cujos ruídos eram também feitos no estúdio. A “porta” dos barulhos fez sucesso bem como a placa que provocava a tempestade, quando era abanada. E com explicações, por vezes solicitadas, os alunos percorreram a história da rádio e da televisão, ao longo das décadas, vendo a evolução dos aparelhos de rádio e do equipamento televisivo, da transmissão da imagem, das câmaras e dos microfones. E ficaram a saber que o carro de exteriores (que só puderam ver e ouvir no museu virtual) foi completamente remodelado pela Mercedes e faz parte da capa do catálogo/ livro da marca quando fez cem anos. O estúdio virtual foi o momento alto da visita quando se aperceberam de que a sua cor verde (poucas pessoas vestem esta cor) permitia efeitos especiais e a invisibilidade do manto do Harry Potter era conseguida com um simples pano verde. Nesse estúdio, os alunos apresentaram-se e deixaram mensagens que foram, posteriormente, gravadas num CD que lhes foi oferecido. A visita prosseguiu nos estúdios da Rádio, Antena 1 e Antena3, tendo estado num direto com Ana Galvão. Aqui a técnica imperava pelo que, enquanto falava com eles e respondia às perguntas, a radialista não parou a emissão previamente preparada. Já na RTP, visitaram o estúdio do TELEJORNAL, viram a Maria Alberta Marques, e aperceberam-se de que, enquanto o telejornal está no ar, a equipa continua a trabalhar e o estúdio até não é assim tão silencioso como esperavam. O placar da meteorologia encantou-os e assistiram a um Telejornal para a RTP África com Maria João Silveira. Depois do almoço, no mesmo local, a quarta etapa levou os alunos ao Palácio Nacional de Mafra, onde desgastaram o almoço a subir e a descer escadarias e a percorrerem os imensos corredores e uma grande quantidade de salas daquele edifício monumental mandado construir por D.João V, o Magnânimo, que pretendeu copiar Luís XIV e o seu palácio de Versalhes e, simultaneamente, a basílica de Roma. Os usos e costumes daquela época (tão inimiga da higiene corporal) espantou os jovens, pois constataram que, naquele palácio com tanta sala e quarto, não havia uma única casa de banho, pelo que se deliciaram com o móvel-retrete do rei e o seu urinol. Das muitas salas visitadas, mereceram realce: o quarto do rei (e o da rainha, afastados por 230m de corredor), a cozinha, a farmácia, a enfermaria, a basílica com dois carrilhões e seis órgãos e a biblioteca que os morcegos mantêm limpa de traças. D.João V, um rei com a mania das grandezas, o Magnífico, como o apelidavam na Europa. Um pequeno salto à aldeia típica de José Franco terminou esta “visita cultural”, como referiu a Carlota, uma das pequenas jornalistas do 8ºH, onde o falecido artesão recuperou os usos e costumes das gentes do concelho: a escola com as pequenas mesas em madeira e todo o material da época, a loja do barbeiro-dentista, do ferreiro, do carpinteiro, a mercearia onde se serve um copo de vinho e… o famoso pão com chouriço a sair a toda a hora e que os alunos trouxeram para casa. No caminho, uma paragem técnica para comer os restos do merendeiro, saborear um gelado e ver uns minutos do Portugal-Espanha, cujo relato acompanhou a viagem de regresso e pôs os nervos em franja a miúdos e graúdos, bem até às portinhas de Guimarães, quando, por penáltis, Portugal foi afastado da final do campeonato. Mas, tristezas não pagam dívidas e a visão dos pais depressa aqueceu novamente os ânimos. Uma visita que premiou o trabalho árduo dos pequenos jornalistas e culminou com chave de ouro o ano em que o Pequeno Jornalista completa 25 anos. MUSEU NACIONAL DA IMPRENSA MUSEU DA RTP Para mais, vai ao Pequeno Jornalista Online... | ||||||||||||||||||||
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