Oficina de Jornalismo visita Mus. Imprensa e RTP | ||||||||||||||||||||
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2012/07/02 | 1102 leram | 0 comentários | 281 gostam | |||||||||||||||||||
Sob os auspícios de um calor anunciado, os alunos da Oficina de Jornalismo viajaram até Lisboa nas pisadas de Gutenberg, de Marcony e de Zworykin, nos dias 26 e 27 de junho. | ||||||||||||||||||||
O primeiro passo levou-os ao Museu Nacional da Imprensa, onde, pelas 10.30h do dia 26, os alunos tomaram contacto com as máquinas que fizeram os jornais do antigamente. Foi uma experiência extremamente enriquecedora ao passarem pela exposição permanente “Memórias vivas da Imprensa”, em que exploraram a História da Imprensa que lhes mostrou a evolução do processo tipográfico e tecnológico, desde os “tipos” de Gutenberg ao aparecimento do computador. Porém, a parte mais entusiasmante foi a possibilidade de fazerem as suas próprias impressões, usando as antigas técnicas de impressão manual nos prelos que compunham a exposição, uma das quais assinalava a passagem da EB2,3 de Caldas das Taipas pelo museu. O espírito jornalístico dos alunos que não paravam de fazer perguntas, encantou a guia que lhes fez um grande elogio. Os alunos ainda deram um saltinho às exposições patentes no museu, nomeadamente: “Porto Cartoon: O Riso do Mundo” e “XIII PortoCartoon: Comunicação e Tecnologia”. Depois de um piquenique, o segundo passo levou-os, pelas 14.30h, ao Lugar dos Afectos, em Aveiro, construído para dar continuidade aos jogos e livros editados pela médica Graça Gonçalves. Das casas aos Jardins Temáticos, este lugar é um espaço onde se pretende que cada um consiga chegar ao seu coração e ao coração dos outros. E desse percurso pelos afetos saíram com algumas ideias: ser solidário, ser verdadeiro, partilhar e dar muitas prendinhas (abraços, beijinhos, carinhos), vivendo as estações da ternura de todas as idades e sabendo que é essencial gostarem de si próprios e conhecerem-se a si próprios para poderem gostar dos outros. No Sítio do Gostarzinho, ligado ao Jogo dos Afectos Gostar, viram a armadilha das mentiras (as desculpas), o vulcão das explosões (das respostas que não se deveriam dar) e outras estações perigosas onde é perigoso cair. Na Guarida da Esperança, por exemplo, encontraram o Acendedor de Estrelas (simbolicamente nas janelas estava o nome de cada um ou a letra inicial) que os ajudará a descobrirem o tesouro- a estrela- que cada um tem dentro de si e a forma de a manterem bem viva para se iluminar a si e aos outros. E concluíram que é muito importante conhecerem-se para poderem desenvolver a autoestima, o autoconhecimento, tomar as decisões acertadas, ver a importância do grupo, da amizade, da comunicação, da família, saber resolver conflitos, preparar as escolhas determinantes e prevenir comportamentos de risco. Mas, a Rede dos Afectos não pode parar na Casa dos Afectos. Ela tem de continuar a ser tecida ao longo da vida. Depois de jantarem no Instituto Superior Técnico de Lisboa e de terem efetuado uma visita panorâmica à capital, com paragem obrigatória no Mosteiro dos Jerónimos para degustarem um pastelinho de Belém, a chegada a Alcochete, pelas 22.00h, foi bem acolhida para um descanso merecido. O dia tinha sido cansativo e excessivamente quente, com temperaturas bastante acima dos 30º. A 27, o terceiro passo levou-os à RTP e ao seu museu, o melhor da Europa, onde Carlos Mourisca os levou numa viagem maravilhosa pelos primeiros aparelhos receptores de rádio e da televisão. O que mais lhes chamou a atenção? O Pequeno estúdio em que eram transmitidos os programas da rádio, entre os quais as rádionovelas, os folhetins, lidos em direto e cujos ruídos eram também feitos no estúdio. A “porta” dos barulhos fez sucesso bem como a placa que provocava a tempestade, quando era abanada. E com explicações, por vezes solicitadas, os alunos percorreram a história da rádio e da televisão, ao longo das décadas, vendo a evolução dos aparelhos de rádio e do equipamento televisivo, da transmissão da imagem, das câmaras e dos microfones. E ficaram a saber que o carro de exteriores (que só puderam ver e ouvir no museu virtual) foi completamente remodelado pela Mercedes e faz parte da capa do catálogo/ livro da marca quando fez cem anos. O estúdio virtual foi o momento alto da visita quando se aperceberam de que a sua cor verde (poucas pessoas vestem esta cor) permitia efeitos especiais e a invisibilidade do manto do Harry Potter era conseguida com um simples pano verde. Nesse estúdio, os alunos apresentaram-se e deixaram mensagens que foram, posteriormente, gravadas num CD que lhes foi oferecido. A visita prosseguiu nos estúdios da Rádio, Antena 1 e Antena3, tendo estado num direto com Ana Galvão. Aqui a técnica imperava pelo que, enquanto falava com eles e respondia às perguntas, a radialista não parou a emissão previamente preparada. Já na RTP, visitaram o estúdio do TELEJORNAL, viram a Maria Alberta Marques, e aperceberam-se de que, enquanto o telejornal está no ar, a equipa continua a trabalhar e o estúdio até não é assim tão silencioso como esperavam. O placar da meteorologia encantou-os e assistiram a um Telejornal para a RTP África com Maria João Silveira. Depois do almoço, no mesmo local, a quarta etapa levou os alunos ao Palácio Nacional de Mafra, onde desgastaram o almoço a subir e a descer escadarias e a percorrerem os imensos corredores e uma grande quantidade de salas daquele edifício monumental mandado construir por D.João V, o Magnânimo, que pretendeu copiar Luís XIV e o seu palácio de Versalhes e, simultaneamente, a basílica de Roma. Os usos e costumes daquela época (tão inimiga da higiene corporal) espantou os jovens, pois constataram que, naquele palácio com tanta sala e quarto, não havia uma única casa de banho, pelo que se deliciaram com o móvel-retrete do rei e o seu urinol. Das muitas salas visitadas, mereceram realce: o quarto do rei (e o da rainha, afastados por 230m de corredor), a cozinha, a farmácia, a enfermaria, a basílica com dois carrilhões e seis órgãos e a biblioteca que os morcegos mantêm limpa de traças. D.João V, um rei com a mania das grandezas, o Magnífico, como o apelidavam na Europa. Um pequeno salto à aldeia típica de José Franco terminou esta “visita cultural”, como referiu a Carlota, uma das pequenas jornalistas do 8ºH, onde o falecido artesão recuperou os usos e costumes das gentes do concelho: a escola com as pequenas mesas em madeira e todo o material da época, a loja do barbeiro-dentista, do ferreiro, do carpinteiro, a mercearia onde se serve um copo de vinho e… o famoso pão com chouriço a sair a toda a hora e que os alunos trouxeram para casa. No caminho, uma paragem técnica para comer os restos do merendeiro, saborear um gelado e ver uns minutos do Portugal-Espanha, cujo relato acompanhou a viagem de regresso e pôs os nervos em franja a miúdos e graúdos, bem até às portinhas de Guimarães, quando, por penáltis, Portugal foi afastado da final do campeonato. Mas, tristezas não pagam dívidas e a visão dos pais depressa aqueceu novamente os ânimos. Uma visita que premiou o trabalho árduo dos pequenos jornalistas e culminou com chave de ouro o ano em que o Pequeno Jornalista completa 25 anos. MUSEU NACIONAL DA IMPRENSA MUSEU DA RTP Para mais, vai ao Pequeno Jornalista Online... | ||||||||||||||||||||
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