Os Pequenos Jornalistas
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Não compre gato por lebre!
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2016/11/231332 leram | 0 comentários | 340 gostam
Respondendo ao desafio lançado pelo professor de TIC, que assistiu à sessão de jornalismo em que os alunos fizeram a crónica sobre O CÃO,as pequenas jornalistas do 5ºC e do 9ºB fizeram esta sobre O GATO.
O gato é um felino doméstico que gera polémica e opiniões diferentes: há quem os ache mais agarrados à casa do que ao dono; há quem os considere muito unidos ao dono; há quem os considere falsos e hipócritas, servindo-se dos outros para satisfazerem as suas necessidades; há quem os considere fiáveis. As opiniões divergem, porém, concordemos em aceitá-las todas.
Concordemos também em que o gato é um animal muito senhor do seu nariz, muito independente e que sempre cai em pé. Isso é um facto. Quem nos dera “aterrarmos” na vertical sempre que damos uma queda. Evitávamos muitas idas ao hospital...
No Antigo Egito, os gatos eram sagrados, porque combatiam a maior praga de animais que infestavam a região destruindo as colheitas, os ratos. Caçador nato terá dado origem ao ditado “Quem não tem cão caça com gato”. E a um outro, quando se ausentava “Quando o gato sai os ratos fazem a festa”.
Os hábitos noturnos do gato prendem-se essencialmente com o facto de terem visão noturna e caçarem principalmente à noite. Coitados de nós, humanos, para quem “de noite todos os gatos são pardos”, ou seja, só vemos silhuetas… e preto, branco e cinzentos.
O meu amigo Quim, que até tem uma boa figura, vai, logo de manhã, para a Tasca Bebe e Paga, onde gosta de se emborrachar, de “amarrar o gato” todos os dias e, como fica muito romântico, a todas as que lhe passam pela frente diz- “És uma gata!” Ora, a mulher, a D.Micas costuma dizer às que lhe dão ouvidos “Minhas queridas, bonitas palavras não engordam gatos!" O Quim fica logo fino que nem um rato, porque já sabe que, quando chegar a casa, ela vai fazer dele “gato-sapato”.
A minha colega, uma cusca dos diabos, ignora o ditado “Gato escaldado de água fria tem medo!” e, às vezes, mete-se em cada enrascada… o que é muito bem feito, diga-se de passagem. Esquece-se de que não tem sete vidas como o gato, afirmação que vem dos tempos da Inquisição (século XIII), em que os gatos foram associados ao mal, às trevas (devido aos seus hábitos noturnos) e ao facto de os druidas e os bruxos viverem rodeados deles. Daí até afirmarem que os gatos tinham um pacto com o diabo, principalmente os de cor preta, foi um curto passo. E, ainda hoje, há muita gente que não gosta de se cruzar com um destes animais, pois dizem que atraem o azar ou são portadores de mau-olhado.
E podíamos continuar a falar deste felino, mas “a curiosidade matou o gato”.

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