Os Pequenos Jornalistas
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Falar... falar...
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2014/11/28761 leram | 0 comentários | 247 gostam
Os pequenos jornalistas do 8ºC elaboraram o texto "Falar... falar...", a sua primeira tentativa de "cronicarem".
Pode falar-se com jeito ou sem jeito, falar barato ou caro, falar pelos cotovelos, falar bem ou falar mal, falar pelo nariz, falar gestualmente, falar em direto ou em diferido... Uma coisa é certa. Todos falamos, embora uns mais acertadamento do que outros.
Quem fala com jeito soa bem, sabe falar, conhece os assuntos, sabe o que diz e, acima de tudo, utiliza corretamente a língua. Há os que falam sem jeito. São os futebolistas das palavras que, raramente, marcam golo e, quando o fazem, é na própria baliza. São uns ignorantes e, pior ainda, podem ser uns pseudo-intelectualóides que acham que sabem muito e não reconhecem a sua própria nulidade.
Quem fala caro utiliza palavras "caras", não porque custem dinheiro, mas porque são incomuns, invulgares. Podem ser as pessoas cultas, com conhecimentos ou então, e de novo, aqueles que o querem parecer. Que bela figura fazem quando utilizam uma determinada palavra atribuindo-lhe um sentido quando ela quer dizer exatamente o oposto! Quem fala barato, ou quer poupar "dinheiro para o gás" ou é ignorante, ou diz coisas sem pés nem cabeça (mas com boca, de certeza!). O fala barato pode também ser aquele que fala pelos cotovelos. Fala, fala, fala e não diz nada... ou nada que interesse.
Falar bem significa ser educado, saber utilizar as palavras sem ferir suscetibilidades, sem ser rude ou agressivo, e... quem fala mal utiliza palavrões, o calão e fere frequentemente os ouvidos dos outros. Falar mal é tratar mal a língua, é chicoteá-la constantemente... E há tantos a fazê-lo, tanto miúdos como graúdos.
Quem fala pelo nariz está constipado, logicamente. Porém, pode também ser por elitismo, por snobismo. Imitar as "tias de Cascais" pode ser uma atração para quem apenas faz parte da "paisagem".
Falar gestualmente, sem aqui mencionar os que nascem com surdez congénita, é uma ajuda para os falantes. Torna-os mais expressivos, incisivos e, feliz ou infelizmente, mais expostos. É assistir a uma sessão da Assembleia da República. Tanto é dito gestualmente e tão pouco verbalmente!
Fala-se diretamente cara a cara, utilizando as redes sociais, o telemóvel, o código Morse... e em diferido com as gravações, sejam elas públicas ou privadas. Tanta gente deveria estar a ver o sol aos quadradinhos com as "escutas telefónicas"!
Enfim, falar não é fácil, principalmente quando o queremos fazer bem, com nexo, dizendo a verdade, sendo honestos e com charme...


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