Os Pequenos Jornalistas: Exposição: “Guimarães: a tradição das cutelarias”

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Exposição: “Guimarães: a tradição das cutelarias”

Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2013/02/06

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De 1 de fevereiro a 31 de março está a decorrer, na Associação Comercial e Industrial de Guimarães, a exposição “Guimarães: a tradição das cutelarias”.

A escola, como entidade envolvida na recolha de património imaterial esteve presente na sessão de inauguração.
Este foi só um dos eventos realizados após o trabalho concretizado no ano passado, sendo que o blogue “Cutelarias e Cutileiros” faz eco do nosso trabalho, bem como o jornal Os Pequenos Jornalistas.
A exposição surgiu , no âmbito da CEC 2012, para dar a conhecer a evolução histórica da indústria de cutelarias vimaranense, uma das principais atividades industriais do concelho desde os princípios da nacionalidade, desenvolvendo-se ao longo de seis núcleos, cada um deles correspondendo a um período histórico, onde são apresentadas algumas das suas principais características.
Com menção já num documento do tempo de D.Dinis (século XIII), as referências aumentam nos séculos XV e XVI, sendo nesta altura promulgado o “Regimento de Preços e Salários” (1552). Também nos livros de atas da CMG se indica a existência de cutileiros na vereação, nomeadamente a partir do século XVII. Os estatutos do ofício de cutileiro foram promulgados no século XVIII (1775) e apresentavam a particularidade de regularem a sua participação na procissão Corpus Christi, na qual transportavam a imagem de S.João Baptista, seu padroeiro.
A indústria, no século XX, foi reorganizada através de uma concentração das fábricas e oficinas em unidades fabris de maior dimensão para corresponder à entrada de Portugal na Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA). Em 1970, surgiram dificuldades de exportação para as colónias e implementou-se a exportação para o mercado europeu. O 25 de abril registou o desenvolvimento do setor com a constituição de novas empresas e de uma melhoria no apetrechamento tecnológico de algumas das existentes. A revolução alterou a indústria, tanto a nível sindical como no setor patronal registando-se a criação da Associação Nacional dos Industriais de Cutelarias, em 28 de outubro de 1975.
Na área envolvente de Caldas das Taipas, principal centro produtor do concelho, concentraram-se a quase totalidade das unidades fabris, atualmente com mais de 600 postos de trabalho diretos e um significativo volume de negócios, destinando-se à exportação a maior parte da sua produção. As Caldas das Taipas constituem hoje o principal polo produtor de cutelarias de mesa da Europa, estando os seus produtos na mesa de 10% dos europeus.
(feito com base no folheto da exposição)

Da exposição, aqui fica um cheirinho:

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