Entrevista a Plácido Gomes e Serafim Fertuzinhos | |||||||||
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2012/06/08 | 1567 leram | 0 comentários | 263 gostam | ||||||||
A 21 de maio, os pequenos jornalistas do 7ºH entrevistaram o senhor Plácido Gomes e o cunhado Joaquim Fertuzinhos que gerem a SERAFIM FERTUZINHOS,SA. | |||||||||
Serafim Fertuzinhos, em 1957, ajudou a montar a empresa num anexo ligado à casa onde moravam, com muito pouca gente. Na altura, sem eletricidade, era um motor a óleo que fazia funcionar a linha dos esmeris. E recordou a forja a carvão com que começou a fazer facas e navalhas. Os malhos eram duas colunas de ferro ao alto com um peso de cerca de 700kg que ia malhando o aço. Era um processo lento e perigoso. Exigia muito martelo, muita força física sem luvas nem bancos e materiais com funções ergonométricas. E confessou que, hoje, é muito difícil entender-se o que se fazia então manualmente. Atualmente, o aço tem muitas variedades. O aço inox é mais talheres, o aço carbono é mais para as tesouras, para ter poder de corte. A partir de 75, com a independência das colónias, mudaram para o fabrico das tesouras de poda. Mudaram a produção e conseguiram dar a volta por cima. Em meados dos anos 80, houve outra crise e, em finais dos anos 80, começaram com a automatização. Plácido Gomes foi para Angola quando casou para abrir uma fábrica. Com o 25 de abril, ficou lá tudo. E ingressou na fábrica do sogro, acabando por adquirir o negócio. Só não exporta para a Ásia, mas está em negociações com a Coreia do Sul. O mercado europeu ainda é o mais forte, principalmente, a Espanha. No mercado brasileiro, tem uma rede própria, mas a produção é feita cá, porque produzir no Brasil é muito caro. Plácido Gomes passa metade do tempo lá fora, pois hoje um empresário tem de acompanhar o seu negócio de perto se não quiser ficar para trás. Não é possível estar sentado na cadeira, há que andar, andar, sem nunca parar, para colher o fruto do trabalho. Aos poucos, está a passar parte da responsabilidade para o filho, até porque agora comprou a Batil. E está sempre pronto a investir em novas máquinas que facilitem o trabalho e melhorem a qualidade do produto. Com a Batil, tem atualmente 80 funcionários. Um exemplo de empreendedorismo, de capacidade decisora, de vontade de vencer e de andar, andar, andar… | |||||||||
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