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Entrevista a José Alberto Marques Gomes
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2012/05/22700 leram | 0 comentários | 182 gostam
A Oficina de Jornalismo da Escola Básica 2,3 de Caldas das Taipas entrevistou José Alberto Marques Gomes, a 17 de maio, no âmbito do projeto Cutelarias e Cutileiros.
José Alberto, neto de David da Silva (a quem o pai não pôs o apelido de Fertuzinhos, razão pela qual este ramo da família já o não tem), faz parte de uma nova geração de cutileiros, embora já trabalhe na Cutal há vinte anos.
A Cutal foi fundada em 1965 pelo avô (David) com os quatro filhos. José Alberto entrou na fábrica pela mão do seu pai (genro de David) que comprou as cotas de um dos filhos (Manuel Marques) quando este quis sair da sociedade em 1974. O facto dos dez filhos terem herdado a parte do pai veio complicar o destino da fábrica.
Quando José Alberto entrou para a Cutal, em 1993, eram cerca de quarenta funcionários e, quinze anos depois, produziam mais, com mais qualidade e com menos mão-de-obra. Neste momento, são cerca de dez funcionários e ainda vai reduzir mais, porque o mercado obriga. Tanto não há encomendas, como as há com um prazo de execução muito curto, o que obriga a empresa a ser produtora e armazenista. Atualmente, há muitas empresas familiares, em que, em casa, fazem alguns serviços para as fábricas, o que é bom, pois o serviço é feito e as firmas não têm de pagar um ordenado.
Saiu da escola na idade de ouro da cutelaria, o que o fez abandonar os estudos e ir para a fábrica trabalhar. Se fosse hoje, teria tomado um rumo diferente. Teria prosseguido os estudos e… ninguém poderia saber o futuro. Foi uma opção de vida.
Ultimamente, têm pesquisado os talheres dos anos sessenta e vão tentar produzir faqueiros dessa altura, que têm um design muito atual e que, está certo, de que vão ter grande aceitação no mercado.
Através da UEFA, concorreram ao Euro, fizeram as amostras e enviaram-nas, mas não ganharam. Aliás, este concurso envolveu uma estranha aventura.
Com os pés assentes na terra, José Alberto sente-se um pouco desalentado, mas revelou estar pronto para a luta e para vencer.


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