Entrevista a Daniel Matos Freitas | |||
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2012/05/22 | 692 leram | 0 comentários | 172 gostam | ||
Daniel Matos Freitas, cutileiro já reformado, concedeu uma entrevista à Oficina de Jornalismo da Escola Básica 2,3 de Caldas das Taipas, a 10 de maio de 2012. | |||
Abandonou a escola aos dez anos e ajudava o pai no trabalho que ele trazia para casa para o ocupar, já que, naquela altura, só podia arranjar trabalho aos catorze anos. Foi para a Herdmar onde ainda era quase tudo feito manualmente. Foi a partir de 1960 que apareceram as primeiras máquinas. Correu praticamente todas as profissões dentro da cutelaria, desde o corte do aço até ao polimento. À medida que começou a mecanização foi introduzido na serralharia. Era importante que das ferramentas se tirasse bom trabalho no corte para facilitar as fases seguintes. A automatização veio alterar muito as produções. Começou-se a investir na tecnologia e, como conhecia o trabalho todo, foi convidado a sair da serralharia e a trabalhar na coordenação desde a matéria-prima até à coordenação das encomendas. Quando se reformou há quatro anos, Daniel Freitas olhava pela qualidade do trabalho. E salientou que é muito importante que o trabalho inicial (o corte, o estampamento) seja bem feito, pois precisa de menos polimento que é o processo mais oneroso, ocupa mais mão-de-obra e consumo das máquinas. Menos tempo de polimento baixa os custos. Passou quarenta e oito anos na Herdmar desde o manual à automatização e apesar de reformado, ainda hoje vai à fábrica e gosta de acompanhar o que se faz. | |||
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