Afonso contra Natura | ||||||
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2012/03/06 | 656 leram | 0 comentários | 212 gostam | |||||
A propósito de umas imagens (as mesmas do grupo do 8ºano), os pequenos jornalistas do 7ºH fizeram este texto. | ||||||
Todos os dias, Afonso atravessava a floresta para ir visitar a avó que vivia na aldeia vizinha. Gostava de sentir os seus aromas diferentes conforme a estação do ano e de ver as diversas roupagens da natureza. E parava no pedregulho que servia de ponte para atravessar o riacho que lá passava. Levava sempre consigo migalhas e restos de comida que se entretinha a atirar aos peixinhos que nele abundavam. Um dia, encontrou uma mulher muito bela que disse chamar-se Natura. Afonso ficou a olhá-la, pois tinha um ar estranho. Os cabelos eram encaracolados e castanhos e caíam-lhe pelas costas chegando-lhe à cintura e vestia um belo vestido verde que parecia feito de folhas e… estava descalça. Aliás, ela não pousava os pés no chão. Nada daquilo lhe parecia real. E disse-lhe que era ela que dava vida à floresta, zelava pelos animais, acordava a natureza e adormecia-a, distribuía o orvalho, ajudava as crianças que se perdiam no seu domínio verde. Afonso não queria acreditar no que ouvia. Entretanto, Natura pediu-lhe que a acompanhasse, que lhe ia mostrar os tesouros da floresta. E disse-lhe que iam descer o rio numa gota de água. Inicialmente, Afonso sentiu-se apavorado. Depois, sentiu-se encolher e reparou que apenas teria uns milímetros de altura. Dentro da gota era arejado e podia respirar perfeitamente. Natura ria-se com o seu espanto e encantamento. Era o dia 23 de setembro e ela preparava-se para mudar as vestes das árvores. Com um pequeno gesto, começou o bailado das folhas. Eram milhentas que se cruzavam nos ares e mudavam de cor. E a floresta vestiu-se de amarelo, de laranja, de vermelho e de castanho. Que colorida e espetacular estava! Afonso não queria acreditar no que os seus olhos lhe diziam. De repente, com um minúsculo movimento do dedo indicador, Natura fez com que começasse a trovoar e a relampejar. Os raios cruzavam os ares, os trovões ribombavam e uma enorme tempestade desabou sobre a floresta. Afonso assistiu à fuga dos animais e ao seu refúgio nas tocas, luras, ninhos, cavernas, grutas e no cimo das árvores. Todos procuravam abrigar-se do mau tempo. Foi então que apareceu o Tareco, o seu gato rafeiro, esperto que nem um rato! Como é que ele viera ali parar? Olhou à volta e apercebeu-se de que estava na varanda, deitado na espreguiçadeira e que tinha passado pelas brasas. Afinal, tudo não passara de um sonho. Que pena! Gostava de ter continuado a sonhar, mas o Tareco tinha outras ideias. Tinha-lhe saltado para o colo e acordara-o, pois queria brincar. Fez-lhe a vontade e começou a brincar com o gato e o novelo de lã… PJ – Grupo 7ºH | ||||||
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