A propósito de cabeça… | |
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2015/02/13 | 1816 leram | 0 comentários | 264 gostam |
Os pequenos jornalistas do 8ºC cronicaram a propósito da cabeça e esperam que todos tenham a cabeça no lugar. | |
Ter a cabeça no lugar, ser ciente de si e dos outros é muito difícil e, hoje em dia, o “lugar” está frequentemente escondido, perdido, quem sabe se irremediavelmente. Há muitos que só não perdem a cabeça porque está agarrada ao corpo. Queremos com isto dizer que, quantas vezes se fazem as coisas inconscientemente, apressadamente, sem pensar nas consequências, ou seja, somos levados a atuar sem pés nem cabeça. Outros há que têm uma cabeça de alho chocho, que nunca sabem o que andam a fazer, esquecendo-se quer do que estão a fazer quer do que têm de fazer. Já ser cabeça no ar é o pão nosso de cada dia. Nós, jovens, distraímo-nos com grande facilidade, temos dificuldade em concentrarmo-nos e ficamos a olhar para o espaço, para o vácuo, com a cabeça na Lua, como se diz. Porque gostamos de astronomia, dirão vocês. Não…é que não acontece só nas aulas de Ciências Naturais ou de Físico-Química! Se permanecermos com esta atitude, nunca faremos parte da NASA nem de coisíssima nenhuma. Há também os “cabeça oca” que, coitados, ou parecem não ter massa cinzenta e serem incapazes de raciocinar ou só olham para a aparência exterior e querem aparentar o que não são. É fácil serem desmascarados. Basta ouvi-los falar! Por favor, cosam-lhes um fecho-éclair! O mais grave é perder a cabeça. Perdemos a noção das conveniências, da orientação, perdemos o norte (e toda a rosa dos ventos) e perdemos a razão. Olhemos para as guerras, que quantas vezes têm ou tiveram origem em acontecimentos sem pés nem cabeça ou em líderes que a perderam muito facilmente. Quem são as grandes cabeças da atualidade? Os políticos? (Destes é melhor nem falar!) Os homens da cultura? Os cientistas? Os filósofos? Os professores? Os trabalhadores manuais? Os operários? Ser uma grande cabeça é um trabalho hercúleo e, infelizmente, raramente reconhecido (pelo menos, em vida). Hoje, é muito mais fácil ser-se famoso, pelo lado diametralmente oposto, pelos pés! Mas… não citemos nomes, nem cabeças! Tenhamos é todos a cabeça no lugar! Os pequenos jornalistas do 8ºC | |
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