“A Poesia (não) vai à escola” | |||||||||
Por Maria Teresa Portal Oliveira (Professora), em 2016/10/28 | 2189 leram | ![]() ![]() | ||||||||
João Manuel Ribeiro encerrou, a 28 de outubro de 2016, o Mês das Bibliotecas Escolares, no Agrupamento de Escolas das Taipas, com uma ação de formação subordinada ao tema “A Poesia (não) vai à escola”. | |||||||||
![]() Do muito que foi sendo dito e discutido, ficou a noção de poesia como legado civilizacional a ser preservado para a construção da identidade cultural, a necessidade de se formar homens livres e cidadãos capazes de um juízo autónomo; o entendimento da língua em que se pensa e fala como jogo, espaço de exploração, de liberdade, lugar de fantasia e fruição que implica as quatro operações em que a praticamos (falar e ouvir, ler e escrever); a educação da sensibilidade e do gosto e a convocação à compreensão, à imaginação e à criatividade. Por tudo isto, a poesia tem de ser trabalhada na escola em idades prematuras, com etapas diferenciadas, em conformidade com as fases do desenvolvimento e com procedimentos a elas adaptados. Deve ser um processo regular e continuado, provocado, abundante, variado, desenvolvendo uma dinâmica de audição e de leitura e valorizando a pedagogia do imaginário. É fundamental que se inicie o processo pela leitura- ler para os alunos, ler expressivamente, ler bem, ler o corpo do poema, ler com critérios, ou seja, não ler qualquer poema, seguindo-se a análise e interpretação com especificação de algumas estratégias fundamentais e, por fim, a (re)escrita. O poema “Barca Bela” de Almeida Garrett foi um exercício prático muito esclarecedor. Os professores saíram mais ricos e com vontade de “ler poesia, porque todas aquelas palavras aguardam uma voz para tomarem forma e figura” (Eugénio de Andrade). | |||||||||
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